O Meloxicam é um fármaco anti-inflamatório não esteróide (AINE) da família dos Oxicans, com propriedades anti-inflamatórias (reduz a inflamação), analgésicas (reduz a dor) e antipiréticas (reduz a febre).
Grupo farmacoterapêutico
9.1.6. - Aparelho locomotor. Anti-Inflamatórios não esteróides. Oxicans
É indicado para:
- Tratamento sintomático de curta duração das exacerbações de osteoartroses.
- Tratamento sintomático a longo prazo da artrite reumatóide ou da espondilite
anquilosante.
2 - Antes de tomar Meloxicam Tetrafarma
Nunca tome Meloxicam Tetrafarma se:
Tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa ou a qualquer outro componente de Meloxicam Tetrafarma.
Tiver desenvolvido sinais de asma, pólipos nasais, edema angioneurótico ou urticária depois de tomar medicamentos contendo substâncias de acção semelhante ao Meloxicam, por exemplo outros anti-inflamatórios não esteróides e ácido acetilsalicílico Está grávida ou desconfia poder estar
APROVADO EM 09-05-2007 INFARMED
Está a amamentar
Sofre de úlcera gastrointestinal activa Tem história de úlcera péptica recorrente Sofre de insuficiência hepática grave
Sofre de insuficiência renal grave não submetida a diálise Sofre de insuficiência cardíaca grave não controlada.
Já teve hemorragias gastrointestinais, hemorragia vascular cerebral ou outras doenças hemorrágicas.
Se não tem a certeza de poder começar a tomar Meloxicam Tetrafarma, fale com o seu médico.
Tome especial cuidado com Meloxicam Tetrafarma:
A fim de evitar interacções eventuais entre vários medicamentos, é indispensável informar sempre o seu médico acerca dos outros tratamentos em curso.
Fale com o seu médico e com o seu farmacêutico sobre quaisquer problemas de saúde que possa ter, ou já tenha tido, e sobre as suas alergias.
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 3. Como tomar Meloxicam Tetrafarma e informação sobre os riscos GI e cardiovasculares em seguida mencionada).
É particularmente importante que diga ao seu médico se:
1 - Tem antecedentes de esofagite, gastrite e/ou úlcera péptica
Nestes casos dever-se-á garantir a sua cura total antes de se iniciar a terapêutica com Meloxicam. Estes doentes deverão ser cuidadosamente monitorizados pelo seu médico assistente, nomeadamente no que diz respeito ao possível reaparecimento destas patologias;
2 - Tem ou teve sintomas gastrointestinais ou história de patologia gastrointestinal (ou seja, colite ulcerosa, doença de Crohn)
Estes doentes deverão ser cuidadosamente monitorizados pelo seu médico assistente relativamente ao desenvolvimento de perturbações digestivas, em particular hemorragia gastrointestinal. Caso se verifique hemorragia ou ulceração gastrointestinal em doentes tratados com Meloxicam, deverá proceder-se à suspensão deste fármaco. Ver também Utilização do Meloxicam Tetrafarma em Idosos.
3 - Sofre de insuficiência cardíaca
Ver também 4 - Efeitos secundários possíveis, distúrbios vasculares.
4 - Tem hipertensão arterial
Ver também 4 – Efeitos secundários possíveis, distúrbios vasculares.
5 - Sofre de cirrose, síndroma nefrótico ou insuficiência renal Ver também Utilização do Meloxicam Tetrafarma em Idosos.
APROVADO EM 09-05-2007 INFARMED
Estes doentes podem sofrer uma descompensação de uma insuficiência renal oculta, causada pela administração de Meloxicam, normalmente reversível quando se suspende a terapêutica. Este risco existe em todos os doentes apresentando insuficiência cardíaca congestiva, cirrose, síndroma nefrótico ou insuficiência renal, bem como em doentes tratados com diuréticos ou submetidos a grande cirurgia conducente a hipovolemia (baixo volume sanguíneo). Neste tipo de doentes, torna-se necessária uma monitorização cuidadosa da diurese e da função renal durante a terapêutica.
6 - Está a tentar engravidar
A utilização de Meloxicam pode diminuir a fertilidade, não sendo por isso recomendado a mulheres que estejam a tentar engravidar. No caso das mulheres que apresentem dificuldade em engravidar ou cuja infertilidade esteja sob investigação, deve considerar- se a interrupção da terapêutica com Meloxicam.
Nestes casos, o médico deverá monitorizar o seu tratamento e/ou interrompê-lo se for caso disso.
Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares
Têm sido notificados casos de retenção de líquidos e edema associados ao tratamento com AINE, pelo que os doentes com história de hipertensão arterial e/ ou insuficiência cardíaca congestiva ligeira a moderada deverão ser adequadamente monitorizados e aconselhados.
Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração de alguns AINE (particularmente em doses elevadas e em tratamento de longa duração) poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo enfarte do miocárdio ou AVC). Não existem dados suficientes para eliminar o risco de ocorrência destes efeitos aquando da utilização de meloxicam.
Os doentes com hipertensão arterial não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, doença isquémica cardíaca estabelecida, doença arterial periférica e/ou doença cerebrovascular apenas devem ser tratados com meloxicam após cuidadosa avaliação. As mesmas precauções deverão ser tomadas antes de iniciar o tratamento de longa duração de doentes com factores de risco cardiovascular (ex.: hipertensão arterial, hiperlipidémia, diabetes mellitus e hábitos tabágicos).
Os medicamentos tais como Meloxicam Tetrafarma podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). O risco é maior com doses mais elevadas e em tratamentos prolongados. Não deve ser excedida a dose recomendada nem o tempo de duração do tratamento.
Se tem problemas cardíacos, sofreu um AVC ou pensa que pode estar em risco de vir a sofrer destas situações (por exemplo se tem pressão sanguínea elevada, diabetes, elevados níveis de colesterol ou se é fumador) deverá aconselhar-se sobre o tratamento com o seu médico ou farmacêutico.
Tomar Meloxicam Tetrafarma com outros medicamentos
APROVADO EM 09-05-2007 INFARMED
Deverá informar sempre o seu médico de todos os medicamentos que está a tomar ou que tomou recentemente, mesmo aqueles que adquiriu sem receita médica.
Interacções farmacodinâmicas:
Outros AINEs, incluindo salicilatos (ácido acetilsalicílico >3 g/d): A administração conjunta de vários AINEs pode aumentar o risco de desenvolvimento de úlceras e hemorragia gastrointestinais através de um efeito sinérgico. Não se recomenda a administração concomitante de Meloxicam e de outros AINEs.
Diuréticos:
A terapêutica com AINEs está associada a um risco de insuficiência renal aguda, principalmente em doentes desidratados. Os doentes que se encontrem a receber tratamento simultâneo de Meloxicam e de um diurético, devem ser adequadamente hidratados e deve proceder-se à monitorização da função renal antes do início do tratamento.
Fármacos anticoagulantes orais:
Existe um risco aumentado de hemorragia devido à inibição da função plaquetária e da lesão da mucosa gastroduodenal. Não se recomenda a administração concomitante de Meloxicam e de anticoagulantes orais. É, portanto, necessária uma cuidada vigilância do INR no caso de ser impossível evitar esta medicação concomitante.
Fármacos trombolíticos e antiplaquetários:
Existe um risco aumentado de hemorragia devido à inibição da função plaquetária e da lesão da mucosa gastroduodenal.
Inibidores da ECA e antagonistas dos receptores da angiotensina II: Os AINEs (incluindo o ácido acetilsalicílico em doses superiores a 3 g/d) e os antagonistas dos receptores da angiotensina II exercem um efeito sinérgico na diminuição da filtração glomerular, que pode ser exacerbado nos casos em que a função renal se encontre alterada. Quando administrada a doentes idosos e/ou desidratados, esta combinação pode conduzir à falência renal aguda por acção directa na filtração glomerular. Recomenda-se a monitorização da função renal no início do tratamento, assim como uma hidratação regular do doente. Adicionalmente, o tratamento concomitante pode diminuir a acção antihipertensora dos inibidores da ECA e dos antagonistas dos receptores da angiotensina II, conduzindo a uma diminuição parcial da eficácia (devido à inibição das prostaglandinas com acção vasodilatadora).
Outros fármacos antihipertensores (ex. β-bloqueantes):
A semelhança do caso anterior, pode ocorrer uma diminuição da acção antihipertensora dos β-bloqueantes (devido à inibição das prostaglandinas com acção vasodilatadora).
Ciclosporina:
A nefrotoxicidade da ciclosporina pode ser potenciada pelos AINEs através de efeitos mediados pelas prostaglandinas renais. A função renal deve ser medida durante a terapêutica combinada. Recomenda-se uma monitorização cuidada da função renal, em especial nos doentes idosos.
Dispositivos intra-uterinos:
APROVADO EM 09-05-2007 INFARMED
Foi observada a diminuição da eficácia dos dispositivos intrauterinos pelos AINEs. A diminuição da eficácia dos dispositivos intrauterinos pelos AINEs tem sido reportada, mas necessita de confirmação.
Interacções farmacocinéticas (acção do Meloxicam na farmacocinética de outros fármacos):
Lítio:
Foi observado que os AINEs aumentam os níveis sanguíneos de lítio (via redução da excreção renal de lítio), que podem atingir valores tóxicos. Não se recomenda o uso concomitante do lítio e de AINEs. No caso desta associação ser necessária, deve proceder-se à monitorização cuidada do lítio durante o início, o ajuste e a suspensão da terapêutica com Meloxicam.
Metotrexato:
Os AINEs podem reduzir a secreção tubular de metotrexato, aumentando assim as concentrações plasmáticas de metotrexato. Por esta razão, não se recomenda a administração de AINEs aos doentes que recebam concomitantemente doses elevadas (superiores a 15 mg/semana) de metotrexato.
O risco de ocorrência de uma interacção entre os preparados com AINEs e metotrexato deve também ser considerado nos doentes que recebem doses baixas de metotrexato, em especial os doentes com insuficiência renal. Caso seja necessário o tratamento concomitante, importa monitorizar o total de glóbulos vermelhos e a função renal. Devem ser tomadas precauções quando existe administração de AINEs e de metotrexato num intervalo de 3 dias, caso em que pode aumentar o nível plasmático de metotrexato e provocar um acréscimo da toxicidade. Embora a farmacocinética de metotrexato (15 mg/semana) não tenha sido afectada significativamente pelo tratamento concomitante com Meloxicam, deve considerar-se a hipótese do aumento da toxicidade hematológica do Metotrexato com o tratamento com fármacos AINEs (ver acima).
Interacções farmacocinéticas (acção de outros fármacos na farmacocinética de Meloxicam):
Colestiramina:
A colestiramina acelera a eliminação de Meloxicam através da interrupção da circulação entero-hepática, fazendo aumentar a depuração de Meloxicam em 50% e diminuir a semi-vida para 13±3 horas. Esta interacção é clinicamente significativa.
Não foram detectadas quaisquer interacções farmacocinéticas clinicamente significativas entre fármacos no que diz respeito à administração concomitante de antiácidos, cimetidina e digoxina.
Tomar Meloxicam Tetrafarma com alimentos e bebidas
Meloxicam Tetrafarma deve sempre ser tomado durante uma refeição, devido aos seus efeitos secundários ao nível gastrointestinal. O grau de absorção do Meloxicam após a administração oral não se altera com o consumo concomitante de alimentos.
APROVADO EM 09-05-2007 INFARMED
Gravidez e Aleitamento
Aconselhe-se com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. O Meloxicam Tetrafarma está contra-indicado durante a gravidez. O Meloxicam Tetrafarma está contra-indicado durante o aleitamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não existem estudos específicos sobre este tipo de efeitos. Contudo, doentes que tenham tonturas, distúrbios visuais, vertigens ou sonolência após tomarem o medicamento, não deverão conduzir ou utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Meloxicam Tetrafarma
O Meloxicam Tetrafarma contém lactose. Se lhe foi dito pelo seu médico que sofre de intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.