Não utilize Eritrocel:
-se tem alergia (hipersensibilidade) à substância ativa de Eritrocel. -se estiver atualmente a tomar um medicamento chamado:
-terfenadina ou astemizol (amplamente administrados para febre dos fenos e alergias), cisaprida (para problemas estomacais) ou pimozida (para estados psiquiátricos), ao receber eritromicina, já que a combinação destes fármacos pode
causar por vezes graves distúrbios no ritmo cardíaco. Consulte previamente o seu médico sobre medicamentos alternativos que possa tomar;
- ergotamina e dihidroergotamina;
- lomitapida (utilizado para reduzir o aumento de gorduras no sangue, tais como colesterol e triglicéridos). Tomar este medicamento ao mesmo tempo que a eritromicina pode levar a um aumento das enzimas produzidas pelas células hepáticas (transaminases), o que indica que o fígado está sob tensão e que pode originar problemas do fígado.
- Se tiver níveis anormalmente baixos de potássio ou magnésio no sangue (hipomagnesemia ou hipocalcemia)
- Se você ou alguém da sua família tiver um historial de perturbações do ritmo cardíaco (arritmia cardíaca ventricular ou "torsades de pointes") ou uma anomalia do eletrocardiograma (registo elétrico do coração) designada por “síndroma do longo QT”.
Devido aos efeitos irritativos locais da eritromicina, bem como relatos de ocorrência de prolongamento do intervalo QT e arritmias ventriculares associados às elevadas concentrações séricas de eritromicina, a injeção por bólus (IV) está contraindicada.
Tome especial cuidado com Eritrocel:
-
Se estiver a tomar outros fármacos conhecidos por causar graves distúrbios do ritmo cardíaco
-
Se tiver problemas cardíacos
Não se deve administrar qualquer outro produto na veia que esteja a receber uma perfusão de Eritrocel.
A eritromicina é principalmente excretada no fígado, pelo que deve ser administrada com precaução em doentes com a função hepática diminuída ou a efetuar terapêutica concomitante com agentes hepatotóxicos. Disfunção hepática incluindo enzimas hepáticas aumentadas e hepatite hepatocelular e/ou colestática, com ou sem icterícia, foram raramente descritas com eritromicina.
Dado que a eritromicina é excretada principalmente pelo fígado, tal facto deve ser tido em atenção quando se administre o antibiótico em doentes com a função hepática diminuída.
Foram descritos casos de rabdomiólise com ou sem disfunção renal em indivíduos gravemente doentes tomando concomitantemente eritromicina com estatinas.
Foi descrito muito raramente prolongamento do intervalo QT e arritmia ventricular em doentes tratados com eritromicina I.V.
A utilização prolongada ou repetida da eritromicina pode provocar desenvolvimento excessivo de bactérias ou fungos não-sensíveis. Se se verificar superinfeção, a eritromicina deve ser suspensa e instituído tratamento adequado. Tem sido descrita colite pseudomembranosa com praticamente todos os antibacterianos, incluindo macrólidos, que pode ser de gravidade ligeira até de compromisso vital (ver secção 4 efeitos indesejáveis possíveis). A diarreia associada a Clostridium difficile (CDAD) tem sido descrita com o uso de praticamente todos os antibacterianos incluindo a eritromicina, e pode ser de gravidade ligeira até de compromisso vital. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon e pode levar a um sobrecrescimento de C. difficile. A CDAD deve ser considerada em todos os doentes que apresentem diarreia após o uso de antibióticos. É necessária uma história
médica cuidadosa dado que foi descrito que a CDAD acontece num prazo de mais de dois meses após a administração de agentes antibacterianos.
Quando indicado, as áreas de infeções localizadas podem requerer incisão, drenagem cirúrgica ou outros atos cirúrgicos, adicionalmente ao tratamento com antibiótico.
A eritromicina interfere com a determinação fluorimétrica das catecolaminas na urina.
Foi descrito que a eritromicina pode agravar a função muscular dos doentes que sofrem de miastenia gravis.
Crianças
Foram descritos casos de estenose hipertrófica do piloro em crianças após o tratamento com eritromicina.
Num grupo de 157 recém-nascidos que receberam eritromicina para profilaxia da tosse convulsa, sete (5%) desenvolveram sintomas de vómitos não biliosos ou irritabilidade ao serem alimentados, tendo sido subsequentemente diagnosticados com estenose hipertrófica do piloro e requerendo piloromiotomia. Dado que a eritromicina pode ser usada no tratamento de crianças em situações associadas a mortalidade e morbilidade importantes (como a tosse convulsa ou Chlamydia) o benefício do tratamento com eritromicina deverá ser avaliado relativamente ao potencial risco de desenvolvimento de estenose hipertrófica do piloro. Deverão avisar-se os pais para contactar o médico assistente, caso se verifiquem vómitos ou irritabilidade quando os bebés são alimentados.
Existem relatórios que sugerem que a eritromicina não atinge o feto em concentrações adequadas de modo a evitar a sífilis congénita. Os recém-nascidos de mães que durante a gravidez receberam eritromicina oral para tratamento da sífilis primária devem ser devidamente medicados com penicilina.
Outros medicamentos e Eritrocel
Informe o seu médico ou farmacêutico, se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Isto é particularmente importante se está a tomar medicamentos pertencentes às seguintes famílias:
- estatinas (utilizados para ajudar a diminuir os níveis de colesterol, por exemplo: lovastatina e simvastatina)
- inibidores da protease (utilizados para tratar infeções virais, por exemplo: saquinavir).
Isto também é importante se está a tomar algum dos seguintes medicamentos:
- astemizole, terfenadina ou mizolastina (utilizados para tratar alergias tais como a febre do feno);
- pimozida (utilizado para tratar problemas mentais);
- claritromicina, rifabutina ou rifampicina (mediamentos utilizados para tratar diferentes tipos de infeções bacterianas);
- fluconazol, cetoconazol e itraconazol (mediamentos utilizados para tratar infeções fúngicas);
- ergotamina ou dihidroergotamina (utilizados para aliviar a dor de cabeça);
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digoxina, quinidina ou disopiramida (utilizados para tratar problemas do coração);
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cilostazol (medicamento utilizado para tratar problemas da circulação periférica);
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hexobarbital, fenobarbital ou midazolam (utilizados como sedativos);
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anticoagulantes, por ex. varfarina, acenocumarol e rivaroxaban (utilizados para tornar o sangue mais fluido). Foram descritos casos de aumento do efeito anticoagulante quando eritromicina e anticoagulantes orais são administrados concomitantemente.
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valproato, carbamazepina ou fenitoína (utilizado para controlar a epilepsia);
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teofilina (utilizado para tratar a asma e outos problemas respiratórios);
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ciclosporina e tacrolimus (utilizados após transplante de órgãos);
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bromocriptina (utilizado para tratar a doença de Parkinson);
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zopiclona ou triazolam/alprazolam (utilizados para ajudar a dormir ou aliviar estados de ansiedade);
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alfentanil (utilizado para aliviar a dor);
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cisaprida, cimetidina e omeprazol (utilizados para tratar refluxo ácido e outros problemas relacionados);
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colchicina (utilizado para tratar a gota e a artrite);
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metilprednisolona (utilizado para ajudar a suprimir o sistema imunitário);
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hipericão (erva de São João) (medicamento a base de plantas utilizado para o tratamento da depressão);
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verapamil (utilizado para tratar hipertensão arterial e dor no peito);
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vinblastina (utilizado para tratar determinados tipos de cancro);
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sildenafil (utilizado para tratar a disfunção eréctil);
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Corticosteroides, tomados por via oral, por injeção ou inalados (utilizados para ajudar a suprimir o sistema imunitário do corpo - isto é útil no tratamento de uma vasta gama de condições);
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hidroxicloroquina ou cloroquina (utilizada para tratar condições como a artrite reumatoide, ou para tratar ou prevenir a malária). Tomar estes medicamentos ao mesmo tempo que a eritromicina pode aumentar a probabilidade de ritmos cardíacos anómalos e outros efeitos indesejáveis que podem afetar o seu coração.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
Não existem estudos adequados e bem controlados realizados em mulheres grávidas. No entanto, estudos observacionais em humanos demonstraram malformações cardiovasculares após exposição a medicamentos contendo eritromicina durante o início da gravidez.
A eritromicina atravessa a barreira placentária em seres humanos, embora os níveis plasmáticos no feto sejam geralmente baixos. As informações de estudos sobre o risco de malformações congénitas são inconsistentes, mas alguns estudos relataram malformações cardíacas após a utilização de ERITROCEL no início da gravidez.
A eritromicina apenas deve ser administrada durante a gravidez se absolutamente necessário.
Amamentação
Desconhece-se o efeito da eritromicina no trabalho de parto e parto.
A eritromicina é excretada no leite materno, deste modo, deverá ter-se precaução aquando da administração de eritromicina a mulheres a amamentar.
Fertilidade
Não existem dados sobre o efeito da eritromicina sobre a fertilidade em humanos. Condução de veículos e utilização de máquinas
Este medicamento não afeta a capacidade de condução de veículos ou o uso de máquinas
3. Como utilizar Eritrocel
Utilize este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
O seu médico irá dizer-lhe qual a dose exata que deverá tomar em cada dia e durante quanto tempo. Tome este medicamento até completar o período de tratamento indicado pelo médico. Não interrompa o tratamento quando se sentir melhor.
Posologia
Para o tratamento de infeções graves em adultos e crianças a dose intravenosa de lactobionato de eritromicina recomendada é de 15 a 20 mg/Kg/dia. Para o tratamento de infeções muito graves podem ser administradas doses mais elevadas até 4 g/dia.
Tratamento da doença do legionário – Apesar das doses ótimas não terem sido determinadas, as doses recomendadas segundo dados clínicos conhecidos, variam de 1 a 4 g/dia, em doses repartidas.
Tratamento da gonorreia, causada pela N. Gonorrhoea – Em mulheres alérgicas à penicilina, administrar 500 mg de lactobionato de eritromicina cada 6 horas durante 3 dias, seguidos de 250 mg de eritromicina pela via oral, cada 6 horas durante 7 dias.
Idosos
Não é necessário ajuste de dose; a dose deverá ser a recomendada para os adultos, exceto no caso de evidência de insuficiência renal grave. No entanto, os doentes que estejam a receber doses de 4g/dia ou mais, apresentam um risco aumentado de desenvolver perda de audição farmacoinduzida, em particular aqueles com insuficiência renal ou hepática.
Insuficiência renal
Nos doentes com insuficiência renal grave (níveis de depuração de creatinina inferiores a 10ml/min), a dose de eritromicina deve ser reduzida a 50% a 75% da dose normal, a ser administrada de acordo com o regime terapêutico habitual. A dose máxima diária não deve exceder 2g. Não é necessário efetuar o ajuste de dose em doentes com insuficiência renal leve ou moderada (níveis de depuração de creatinina superiores a 10ml/min).
Insuficiência hepática
Em indivíduos com doenças hepáticas graves pode haver acumulação de eritromicina. Se estes doentes recebem doses elevadas de eritromicina, será necessário uma monitorização dos níveis séricos e uma redução da dose.
Administração
Eritrocel pode ser administrado em perfusão contínua ou intermitente.
Em virtude da baixa concentração de eritromicina e da baixa velocidade de perfusão utilizada na perfusão contínua esta é preferível à perfusão intermitente. No entanto, se se utilizar perfusão intermitente em intervalos não superiores a 6 horas esta também é efetiva. A administração de eritromicina via intravenosa deve ser substituída pela via oral, assim que possível.
a) Perfusão contínua
Preparar a solução final de lactobionato de eritromicina de forma a obter uma concentração de 1g por litro (1 mg/ml).
b) Perfusão intermitente
Administrar ¼ da dose diária total de lactobionato de eritromicina durante 20 a 60 minutos em intervalos não superiores a 6 horas. Preparar a solução final de forma a obter uma concentração de 1 a 5 mg/ml. Não deve ser utilizado menos de 100 ml de solvente para administração intravenosa. A perfusão deve ser suficientemente lenta para minimizar a dor na veia.
Não administrar qualquer outro produto na veia que esteja recebendo a perfusão de Eritrocel.
Se utilizar mais Eritrocel do que deveria
Em caso de sobredosagem, o tratamento com eritromicina deve ser suspenso. Sintomas ou sinais de sobredosagem devem ser tratados com medidas de suporte. A eritromicina não é removida por diálise peritoneal ou hemodiálise.
Caso se tenha esquecido de utilizar Eritrocel
É pouco provável que isto ocorra, uma vez que este medicamento não se destina a ser administrado diretamente por si, mas sim por um profissional de saúde.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se parar de utilizar Eritrocel
Deverá seguir as instruções do seu médico relativamente à duração do tratamento, a qual é variável em função do doente e da sua situação clínica.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.