Solu-Medrol contém succinato sódico de metilprednisolona. O succinato sódico de metilprednisolona pertence a um grupo de medicamentos denominados esteroides.
Solu-Medrol é um esteroide anti-inflamatório, que excede a prednisolona em poder anti- inflamatório, tendo uma tendência inferior à prednisolona para induzir a retenção de sódio e água.
Solu-Medrol está indicado nas seguintes situações: 1. Doenças endócrinas
Insuficiência adrenocortical primária ou secundária (a hidrocortisona ou cortisona são os fármacos de eleição podendo, no entanto, usar-se análogos sintéticos em conjugação com mineralocorticoides; nas crianças é de particular importância a administração suplementar de mineralocorticoides). Insuficiência adrenocortical aguda (a hidrocortisona ou cortisona são os fármacos de eleição; pode ser necessária conjugação com mineralocorticoides, particularmente quando se usam análogos sintéticos).
No pré-operatório e em caso de traumatismo ou doenças graves, em doentes com insuficiência adrenocortical ou quando a reserva suprarrenal é duvidosa.
- Hiperplasia suprarrenal congénita.
- Tiroidite não supurativa.
- Hipercalcemia associada com cancro.
APROVADO EM 01-07-2021 INFARMED
2. Doenças reumáticas
O Solu-Medrol usa-se como terapêutica adjuvante para administração a curto prazo para aliviar o doente no caso de um episódio agudo ou exacerbação de:
- Osteoartrite pós-traumática;
- Sinovites de osteoartrites;
- Artrite reumatoide incluindo a artrite reumatoide juvenil (determinados casos podem requerer terapêutica de manutenção de baixa dosagem);
- Bursites agudas e subagudas;
- Epicondilites;
- Tenosinovites agudas não específicas;
- Artrite gotosa aguda;
- Artrite psoriática;
- Espondilite anquilosante.
3. Doenças do colagénio (Doenças Imunológicas e do Complexo) Durante uma exacerbação ou como terapêutica de manutenção em casos selecionados de:
- Lúpus eritematoso sistémico e nefrite do lúpus;
- Cardite reumática aguda;
- Dermatomiosite sistémica (polimiosites);
- Poliartrite nodosa;
- Síndrome de Goodpasture.
4. Doenças dermatológicas
- Pênfigo;
- Eritema multiforme grave (síndrome de Stevens-Johnson);
- Dermatite esfoliativa;
- Psoríase grave;
- Dermatite bolhosa herpetiforme;
- Dermatite seborreica grave;
- Micoses fungoides.
5. Estados alérgicos
Controle de situações alérgicas graves ou incapacitantes, não tratáveis com a terapêutica convencional:
- Asma brônquica;
- Dermatite de contacto;
- Dermatite Atópica;
- Doença do Soro;
- Rinite alérgica sazonal ou permanente;
- Reações de hipersensibilidade a fármacos;
- Reações urticariformes pós-transfusionais;
- Edema laríngeo agudo não infecioso (epinefrina é o primeiro fármaco de escolha).
APROVADO EM 01-07-2021 INFARMED
6. Doenças oftálmicas
O Solu-Medrol está indicado nos processos alérgicos e inflamatórios graves agudos e crónicos dos olhos, tais como:
- Herpes zóster oftálmico, irites, iridociclites, corioretinites, coroidites e uveites difusas posteriores, nevrites óticas, oftalmia simpática, inflamação do segmento anterior, conjuntivites alérgicas, úlceras alérgicas marginais da córnea e queratites.
7. Doenças gastrointestinais
Para apoiar o doente durante os períodos críticos da doença em: - Colite ulcerativa e enterite regional (terapêutica sistémica).
8. Doenças respiratórias
O Solu-Medrol está indicado nos casos de:
- Sarcoidose sintomática;
- Beriliose;
- Tuberculose pulmonar fulminante ou disseminada (quando usado concomitantemente com quimioterapia antituberculosa apropriada);
- Síndrome de Loeffler (não tratável por outros meios);
Pneumonia de aspiração.
Pneumonia por Pneumocystis carinii
O Solu-Medrol revela-se benéfico como tratamento adjuvante da pneumonia moderada a grave causada por Pneumocystis carinii, em doentes com SIDA, desde que seja administrado durante as primeiras 72 horas que se seguem ao início do tratamento antipneumocístico. Devido à rápida reativação da tuberculose nos doentes com SIDA, deve ser tomada em consideração a administração de uma terapêutica antimicobacteriana quando se utilizam corticosteroides nestes grupos de alto risco. O doente deve ser cuidadosamente observado para despiste da ativação de outras infeções latentes.
9. Doenças hematológicas
Anemia hemolítica adquirida (autoimune), púrpura trombocitopénica idiopática nos adultos (administrado apenas por via intravenosa; a via intramuscular está contraindicada), trombocitopenia secundária nos adultos, eritroblastopenia (anemia dos glóbulos vermelhos), anemia hipoplásica congénita (eritroide).
10. Doenças neoplásicas
Para o tratamento paliativo de leucemias e linfomas em adultos e leucemia aguda da infância. Hipercalcemia associada ao cancro.
Cancro Terminal: Para melhorar a qualidade de vida dos doentes com cancro terminal. Prevenção de náuseas e vómitos associados à quimioterapia de neoplasias.
APROVADO EM 01-07-2021 INFARMED
11. Estados edematosos
Para indução da diurese ou remissão da proteinúria na síndrome nefrótica, sem uremia, do tipo idiopático ou devido a lúpus eritematoso.
12. Sistema nervoso
Edema cerebral devido a tumor - primário ou metastático e/ou associado a cirurgia ou radioterapia. Exacerbação aguda de esclerose múltipla.
Lesões agudas vertebromedulares: o tratamento deverá ter início até 8 horas após a lesão.
13. Perturbações cardiovasculares
Estado de choque secundário a insuficiência adrenocortical ou choque resistente à terapêutica convencional quando haja eventual envolvimento de insuficiência adrenocortical (a hidrocortisona é geralmente o fármaco de escolha. Quando a atividade mineralocorticoide é indesejável prefere-se a metilprednisolona).
14. Choque hemorrágico, traumático e cirúrgico
Embora não se tenham realizado ensaios clínicos controlados (dupla ocultação controlados com placebo), os resultados dos estudos em animais indicam que o Solu-Medrol pode ser útil nos estados de choque hemorrágico, traumático e cirúrgico resistentes à terapêutica convencional (por ex.: reposição de fluidos, etc.).
15. Outras indicações
Meningite tuberculosa com bloqueio subaracnoideo ou ameaça de bloqueio, quando usado concomitantemente com quimioterapia antituberculosa.
Triquinose com envolvimento neurológico ou do miocárdio. Transplantação de órgãos.
Prevenção de náuseas e vómitos associados à quimioterapia de neoplasias.