Aspirina

Aspirina
Substância(s) ativa(s)Ácido acetilsalicílico (AAS)
País de admissãoPT
Titular da autorização de introdução no mercadoBayer Portugal
Data de admissão05.11.1979
Código ATCN02BA01
Grupos farmacológicosOutros analgésicos e antipiréticos

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

O que deve considerar antes de usar?

Não tome Aspirina

  • se tem alergia conhecida ao ácido acetilsalicílico ou a substâncias do mesmo tipo ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
  • se não tem a certeza de já ter tido qualquer alergia devida ao ácido acetilsalicílico consulte o seu médico.
  • não usar em crianças e adolescentes com doenças febris, a não ser por recomendação expressa do médico.
  • se tem tendência para hemorragias; ou tiver história de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com anti-inflamatórios não esteroides (AINE);
  • se tem úlceras pépticas ativas;
  • se tem asma induzida pela administração de salicilados ou substâncias de ação similar, em particular fármacos anti-inflamatórios não esteroides;
  • no caso de tratamento com metotrexato em doses iguais ou superiores a 15 mg/semana (ver mais abaixo em "Tomar Aspirina com outros medicamentos");
  • durante a gravidez e aleitamento, os medicamentos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser usados a não ser por indicação médica;
  • se sofre de alguma doença rara do coração, fígado ou rins.

Advertências e precauções

Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Aspirina:

  • Caso seja idoso, pois poderá apresentar uma maior frequência de reações adversas, especialmente hemorragias gastrointestinais e perfurações que podem ser fatais;
  • Se tem alergia a outros medicamentos anti-inflamatórios, antirreumáticos ou outras substâncias alergénias;
  • Se está a tomar medicamentos que diminuem a coagulação sanguínea (anticoagulantes, tais como a varfarina);
  • Se tem alguma doença dos rins, fígado ou coração;
  • Se sofre de alergias (Ex.: reações cutâneas, prurido, erupções cutâneas), asma, febre dos fenos, pólipos nasais, ou doenças crónicas respiratórias;
  • Antes de uma cirurgia (incluindo operações menores, tais como extrações dentárias), pois devido ao seu efeito inibidor sobre a agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico provoca um aumento da tendência para hemorragias.
  • Se tem história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn) os AINE devem ser administrados com precaução uma vez que estas

situações podem piorar.

- Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Aspirina o tratamento deve ser interrompido

Em doses baixas, o ácido acetilsalicílico reduz a excreção de ácido úrico. Em determinadas circunstâncias, tal poderá desencadear um ataque de gota, em doentes que já manifestem tendência para tal.

Os alcoólicos crónicos (3 ou mais bebidas por dia) apresentam um aumento do risco de hemorragia do estômago devido ao ácido acetilsalicílico.

Durante o tratamento a longo prazo com elevadas doses de analgésico, podem ocorrer dores de cabeça que não devem ser tratadas com doses ainda mais elevadas.

O uso continuado de analgésicos pode provocar lesões graves e irreversíveis nos rins. Este risco será especialmente acentuado se o doente tomar simultaneamente diferentes analgésicos. A Aspirina não deve ser tomada com outros medicamentos que também contenham ácido acetilsalicílico.

Não usar, a não ser por indicação expressa do médico, nas situações seguintes:

  • Doses superiores às recomendadas
  • Durante mais de três dias seguidos
  • Crianças com menos de 12 anos
  • Durante a gravidez
  • Existência de úlcera gástrica ou duodenal
  • Tendência para hemorragias

Crianças e idosos

Aspirina pode ser tomada por crianças a partir de 12 anos de idade.

Não usar em crianças e adolescentes com doenças febris a não ser por recomendação expressa do médico, pois existe uma possível associação entre o ácido acetilsalicílico e a síndroma de Reye quando administrado a crianças com febre, devido a infeções virais (em particular varicela e gripe).

A Aspirina pode ser tomada por pessoas idosas, embora em caso de posologias excessivas (muito elevadas) possam ocorrer tonturas e zumbidos.

Os idosos apresentam uma maior frequência de reações adversas, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais.

Outros medicamentos e Aspirina

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou vier a tomar outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Não deve tomar Aspirina:

  • Se está a tomar outros medicamentos com ácido acetilsalicílico;
  • Se está a tomar metotrexato em doses superiores a 15 mg/semana.

A administração simultânea de Aspirina com outros anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores seletivos da cicloxigenase-2, deve ser evitada.

Quando tomada em conjunto com os medicamentos abaixo indicados, a Aspirina pode causar um aumento ou uma diminuição dos efeitos desses medicamentos. Por este

motivo, se está a tomar algum dos medicamentos indicados, deverá sempre consultar o seu médico ou farmacêutico antes de usar Aspirina.

São intensificados os efeitos de:

  • Metotrexato (usado em transplantes) em doses inferiores a 15 mg/semana (aumento dos efeitos tóxicos);
  • Anticoagulantes – cumarina, heparina e varfarina (usados no tratamento de certas doenças cardíacas e circulatórias);
  • Anti-inflamatórios não esteroides tomados com salicilados (usados no tratamento de dores, febre, artrite e reumatismo) - aumento do risco de úlceras e hemorragias

gastrointestinais;

  • Uricosúricos (usados no tratamento da gota) como a benzobromazona e o probenecide – aumento do risco de úlceras e hemorragias gastrointestinais;
  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (antidepressivos) - aumento do risco de hemorragia gastrointestinal;
  • Aumento das concentrações plasmáticas de digoxina (usada no tratamento da insuficiência cardíaca);
  • Antidiabéticos (ex.: insulina e sulfonilureias);
  • Trombolíticos e inibidores da agregação plaquetária (ex.: ticlopidina) - aumento do risco de hemorragias;
  • Bebidas alcoólicas - o seu uso em conjunto com Aspirina pode aumentar o risco de hemorragia gastrointestinal;
  • Ácido valpróico (usado no tratamento da epilepsia);
  • Glucocorticoides sistémicos, com exceção da hidrocortisona usada no tratamento de substituição na doença de Addison - diminuição dos efeitos dos salicilados durante o tratamento com corticosteroides. Ao parar o tratamento com os glucocorticoides pode

ocorrer um aumento dos efeitos tóxicos do ácido acetilsalicílico;

  • Corticosteroides - aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal. São atenuados os efeitos de:
  • Medicamentos diuréticos, tais como os chamados antagonistas da aldosterona ou os diuréticos da ansa, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII) - A administração de ácido acetilsalicílico (> 3 g/dia) pode diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos

anti-hipertensores e afetar seriamente o funcionamento dos rins. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo

em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então;

● Medicamentos destinados a aumentar a excreção de ácido úrico (uricosúricos), tais como benzobromarona e o probenecide, usados no tratamento da gota.

Gravidez, amamentação e fertilidade

Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.

Durante a gravidez, o ácido acetilsalicílico não deverá ser administrado a não ser que seja estritamente necessário e sempre por indicação e sob vigilância médica. Se por indicação médica o ácido acetilsalicílico for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante a gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.

A utilização de ácido acetilsalicílico durante a gravidez pode aumentar o risco de aborto espontâneo, malformações congénitas e, na fase final da gravidez prolongar o tempo de hemorragia e atrasar o trabalho de parto.

Durante a gravidez e aleitamento os medicamentos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser usados, a não ser por indicação médica.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Em caso de sobredosagem podem ocorrer zumbidos, vertigens e confusão mental, caso estes ocorram o doente não deve conduzir ou utilizar máquinas.

Como é utilizado?

Tomar este medicamento exatamente como está descrito neste folheto, ou de acordo com as indicações do seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Adultos: 1 - 2 comprimidos em cada toma

Não se devem tomar mais de 8 comprimidos por dia e deve haver um intervalo de 4 - 8 horas entre as tomas.

Utilização em crianças e adolescentes

Crianças a partir de 12 anos: 1 comprimido em cada toma.

Não se devem administrar mais de 3 comprimidos por dia e deve haver um intervalo de 4 - 8 horas entre as tomas.

Não usar em crianças e adolescentes com doenças febris, a não ser por recomendação expressa do médico.

Os comprimidos devem ser tomados com água (recomenda-se cerca de meio copo), e se possível após a ingestão de alimentos.

O ácido acetilsalicílico não deve ser tomado por mais de 3 dias sem consulta do médico.

Se tomar mais Aspirina do que deveria

Em caso de intoxicação por ingestão exagerada de comprimidos, contacte imediatamente o seu médico ou o hospital. Se possível leve a embalagem com os comprimidos.

Deve considerar-se a possibilidade de intoxicação em indivíduos idosos e principalmente em crianças de tenra idade (sobredosagem terapêutica ou envenenamento os quais podem ser fatais).

Intoxicação moderada:

Se tomou mais que a dose indicada ou no caso de uma sobredosagem poderão ocorrer efeitos indesejáveis, como: zumbidos, perturbações da audição, dores de cabeça, vertigens, náuseas, vómitos e confusão mental. Se verificar estes sintomas deve reduzir a dose.

Intoxicação grave:

Em casos de intoxicação grave pode ocorrer hiperventilação (respiração ofegante), cetose, alcalose respiratória, acidose metabólica, choque cardiovascular, dificuldades respiratórias, febre alta, coma e hipoglicémia grave (diminuição do açúcar do sangue).

Tratamento de emergência:

Transferência imediata para uma unidade hospitalar especializada.

Lavagem gástrica, administração de carvão ativado, monitorização do equilíbrio ácido- base, diurese alcalina por forma a obter uma urina com um pH entre 7,5 e 8; a diurese alcalina forçada deve considerar-se quando a concentração plasmática de salicilados é superior a 500 mg/litro (3,6 mmol/litro) em adultos ou 300 mg/litro (2,2 mmol/litro) em crianças.

Possibilidade de hemodiálise na intoxicação grave. As perdas de fluidos devem ser compensadas. Tratamento sintomático.

Caso se tenha esquecido de tomar Aspirina:

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos indesejáveis, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar a sintomatologia.

Efeitos adversos por ordem decrescente de frequência de ocorrência:

Frequentes (>1/100, <1/10)

  • Dor abdominal, azia, náusea e vómitos.
  • Hemorragia gastrointestinal que por vezes pode ser detetada pela presença de sangue nas fezes, e que pode levar a anemia por carência de ferro.
  • Úlceras gastrointestinais que podem resultar em perfuração (em particular nos idosos) com risco de vida;
  • Alteração dos resultados de certas análises ao fígado (elevação das transaminases).

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração e em doentes idosos. Informe o seu médico assistente se tiver sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo no início do tratamento.

Pouco frequentes (>1/1.000, <1/100)

Incluem asma, reações ligeiras a moderadas afetando a pele, trato respiratório, trato gastrointestinal e sistema cardiovascular, incluindo sintomas tais como erupção, urticária, inchaço, comichão, rinite, congestão nasal e dificuldades cardiorrespiratórias, e muito raramente reações anafiláticas.

Efeitos sobre o sistema nervoso central:

Podem ocorrer tonturas e zumbidos em casos de ingestão de doses excessivas, especialmente em crianças e indivíduos idosos.

Raros (>1/10.000, 1/1.000)

Alterações sanguíneas:

Ao ácido acetilsalicílico está associado um risco aumentado de hemorragias tais como hemorragias perioperatórias, hematomas, hemorragia nasal, hemorragias urogenitais e hemorragias gengivais. Raramente ou muito raramente podem ocorrer hemorragias graves, tais como hemorragias do trato gastrointestinal, hemorragias cerebrais (especialmente em pacientes com hipertensão não controlada e/ou com agentes antihemostáticos concomitantes), que em alguns casos podem colocar a vida em risco.

A hemorragia pode resultar em anemia crónica e aguda pós-hemorrágica/anemia com deficiência em ferro (devido a, por exemplo, micro-hemorragias) com os respetivos sinais e sintomas laboratoriais e clínicos, tais como fraqueza, palidez e hipoperfusão.

Muito raros (<1/10.000), incluindo notificações isoladas

Hemólise e anemia hemolítica em pacientes com formas graves de deficiência de glucose-6-fosfato desidrogenase.

Pode ocorrer compromisso renal e insuficiência renal aguda.

Comunicação de efeitos indesejáveis

Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos indesejáveis diretamente através do:

Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram (preferencialmente)

ou através dos seguintes contactos:

Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa

Tel: +351 21 798 73 73

Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita) E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt

Ao comunicar efeitos indesejáveis estará a ajudar a fornecer mais informações sobre segurança deste medicamento.

Como deve ser armazenado?

Os comprimidos devem ser conservados na embalagem original do fabricante.

Não conservar os comprimidos acima de 30ºC.

Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister e na embalagem exterior (VAL.:). O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.

Mais informações

Qual a composição de Aspirina

- A substância ativa é o ácido acetilsalicílico.

- Os outros componentes são celulose em pó e amido de milho.

Qual o aspeto da Aspirina e o conteúdo da embalagem

Aspirina encontra-se disponível em embalagens de 4 e de 20 comprimidos.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado:

Bayer Portugal, Lda.

Avenida Vitor Figueiredo nº4 - 4º piso 2790-255 Carnaxide

Portugal

Fabricante:

Bayer Bitterfeld GmbH

Salegaster Chausse, 1

D-06803 Greppin

Alemanha

Este folheto foi aprovado pela última vez em

Última atualização em 18.07.2023

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Os conteúdos apresentados não substituem a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e aos efeitos dos produtos individuais. Não podemos assumir responsabilidade pela exatidão dos dados, pois eles foram parcialmente convertidos automaticamente. Para diagnósticos e outras questões de saúde, consulte sempre um médico.

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