Diclofar

Diclofar
Substância(s) ativa(s)Diclofenaco
País de admissãopt
Titular da autorização de introdução no mercadoLaboratórios Azevedos - Indústria Farmacêutica, S.A.
Código ATCM01AB05
Grupos farmacológicosProdutos antiinflamatórios e anti-reumáticos, não esteróides

Folheto informativo

O que é e para que é utilizado?

O diclofenac de potássio é um anti-inflamatório não esteróide (AINE), com propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e anti-piréticas. Alivia os sintomas da inflamação, nomeadamente, edema e dor, para além de reduzir a febre, mas não exerce qualquer efeito sobre as causas da inflamação ou da febre. Nas crises de enxaqueca, é eficaz no alívio das dores, bem como nos sintomas acompanhantes como as náuseas e vómitos.

Diclofar deverá ser utilizado para o tratamento de curta duração durante o período sintomático agudo das seguintes patologias:

dor, inflamação e edema pós-traumáticos (por ex., devido a distensões ou entorses); dor, inflamação e edema pós-operatórios (por ex., após cirurgia estomatológica ou ortopédica);
patologias inflamatórias dolorosas em ginecologia (por ex., dismenorreia primária ou inflamação do ovário e trompas);
crises de enxaqueca;
dores da coluna vertebral;
reumatismo;
infecções inflamatórias dolorosas graves do ouvido, nariz ou garganta (terapêutica adjuvante). A febre não constitui, por si só, uma indicação.

Se tive alguma questão acerca de como o Diclofar funciona ou porque é que ele lhe foi prescrito, contacte o seu médico assistente.

O que deve considerar antes de usar?

Siga cuidadosamente todas as indicações que o seu médico ou farmacêutico lhe deu, mesmo que estas sejam diferentes da informação contida neste folheto.

Não tome Diclofar:

se for alérgico ao diclofenac ou a qualquer outro componente de Diclofar enunciado na secção 6 deste folheto.
se tem úlcera gástrica ou intestinal,
se alguma vez teve uma reacção alérgica após tomar medicamentos para tratar a inflamação ou a dor (por ex: diclofenac, ácido acetilsalicílico ou ibuprofeno); As reacções podem incluir asma, corrimento nasal, eritema cutâneo, inchaço da cara. Se achar que pode ser alérgico, fale com o seu médico.
se tem hemorragia gastrointestinal, cujos sintomas podem incluir sangue nas fezes ou fezes negras.
se sofre de uma doença grave do fígado ou rins
se sofre de insuficiência cardíaca grave
se se encontra nos últimos três meses de gravidez

Se alguma destas condições se aplica a si, contacte o seu médico e não tome Diclofar O seu médico decidirá se este medicamento é indicado para sí.

Tome especial cuidado com Diclofar:

Se estiver a tomar Diclofar simultaneamente com outros medicamento anti inflamatórios incluíndo ácido acetilsalicílico, corticosteróides, antitrombóticos ou ISRS (ver ?Tomar Diclofar com outros medicamentos?)
Se tem asma ou febre dos fenos (rinite alérgica sazonal),
Se alguma vez tiver tido problemas gastrointestinais, tais como úlcera de estômago, hemorragia ou fezes escuras ou se teve mal-estar gástrico ou azia após tomar medicamentos anti-inflamatórios no passado;
Se tem uma inflamação do cólon (colite ulcerosa) ou do tracto intestinal (doença de Crohn)
Se tem ou tiver tido problemas cardíacos ou pressão arterial elevada,
Se tem problemas hepáticos ou renais
Se puder estar desidratado (p.ex. por doença, diarreia, antes ou após uma cirurgia importante).
Se tem pés inchados sem causa traumática associada

Se tem alterações da coagulação sanguínea ou outras doenças do sangue uma condição hepática rara designada por porfiria hepática.

Se algumas destas condições se aplicam a si, fale com o seu médico antes de tomar Diclofar

Diclofar pode reduzir os sintomas de uma infecção (p.ex. dor de cabeça, temperatura elevada). Assim pode tornar uma infecção mais difícil de detectar e tratar adequadamente. Se se sentir mal e necessitar de ver um médico, lembre-se de referir que está a tomar Diclofar.

Em casos muito raros, Diclofar, como outros medicamentos anti-inflamatórios, pode causar reacções alérgicas cutâneas graves (p.ex. rash). Assim informe imediatamente o seu médico se sentir alguma destas reacções.

Os medicamentos, tais como Diclofar, podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). O risco é maior com doses mais elevadas e em tratamentos prolongados. Não deve ser excedida a dose recomendada nem a duração do tratamento.
Se tem problemas cardíacos, sofreu um AVC ou pensa que pode estar em risco de vir a sofrer destas situações (por exemplo, se tem pressão sanguínea elevada, diabetes, elevados níveis de colesterol ou é fumador) deverá aconselhar-se sobre o tratamento com o seu médico ou farmacêutico.

Diclofar e pessoas idosas

Os doentes idosos poderão ser mais sensíveis aos efeitos de Diclofar que outros adultos. Assim, doentes idosos devem seguir as indicações do seu médico com especial cuidado e tomar o mínimo número de saquetas possível para o alívio dos sintomas. É particularmente importante que os doentes idosos comuniquem imediatamente ao seu médico assistente quaisquer efeitos indesejados.

Diclofar e crianças/adolescentes

Diclofar não deve será administrado a crianças e adolescentes de idade inferior a 14 anos. Outras formas de diclofenac tais como supositórios podem ser usadas nestes doentes, segundo prescrição do médico. A utilização de Diclofar na enxaqueca não foi estabelecida em crianças.

Gravidez

Informe o seu médico assistente caso esteja grávida ou pense que pode estar grávida. Não deve tomar Diclofar durante a gravidez a não ser que seja absolutamente necessário.
Durante o 1º e 2º trimestre de gravidez, Voltaren não deverá ser utilizado a não ser que seja estritamente necessário. Se Voltaren for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1º e 2º trimestres de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.
Tal como outros medicamentos anti-inflamatórios, não deve tomar Diclofar durante os três últimos meses de gravidez pois tal poderá provocar lesões no feto ou causar complicações no parto.
Diclofar poderá dificultar as suas tentativas de engravidar. Não deverá tomar Diclofar, a menos que seja absolutamente necessário, caso planeie engravidar ou se tem dificuldades em engravidar.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Aleitamento

Deverá informar o seu médico se estiver a amamentar.
Não deverá amamentar se estiver a tomar Diclofar, pois isto poderá prejudicar a sua criança.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Em casos raros, os doentes a tomar Diclofar podem sentir alguns efeitos como tonturas, sonolência ou perturbações visuais. Se sentir algum destes efeitos, não deve conduzir, utilizar máquinas ou executar quaisquer tarefas que requeiram uma atenção cuidadosa; informe o seu médico assistente logo que possível se sentir tais efeitos.

Informações importantes sobre alguns componentes de Diclofar

Diclofar contém uma fonte de fenilalanina, pelo que pode ser prejudicial em indivíduos com fenilcetonúria.

Tomar Diclofar com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

É particularmente importante informar o seu médico se estiver a tomar algum dos medicamentos a seguir indicados:

Lítio ou inibidores selectivos da recaptação da serotonina ? ISRS (medicamentos usados para tratar alguns tipos de depressão)
Digoxina (um medicamento usado para problemas cardíacos)
Metotrexato (um medicamento usado no tratamento de alguns tipos de cancro ou artrite) Ciclosporina e tacrolimus: (medicamentos usados primariamente em doentes que receberam um transplante de órgãos)
Medicamentos utilizados no tratamento da diabetes à excepção de insulina. Diuréticos (medicamentos utilizados para aumentar a quantidade de urina) Inibidores da ECA ou beta-bloqueantes (classes de medicamentos usados para tratar a pressão arterial elevada)
Anticoagulantes (medicamentos utilizados para evitar a coagulação sanguínea). Alguns medicamentos usados no tratamento contra a infecção (antibacterianos do grupo das quinolonas).
Outros medicamentos anti-inflamatórios como o ácido acetilsalicílico ou o ibuprofeno Corticosteróides (medicamentos usados para proporcionar alívio a áreas inflamadas do corpo)
Probenecide.

Mefipristona: Diclofar não deve ser utilizado nos 8-12 dias após administração de mefipristona, pois os AINEs podem reduzir o efeito desta substância.

Como é utilizado?

Siga as indicações do médico cuidadosamente. Não exceda a dose recomendada nem a duração do tratamento.

Que quantidade de medicamento deve tomar
Não exceda a dose recomendada. É importante que utilizar a dose mínima eficaz para controlar a sua dor e que não tome Diclofar durante mais tempo do que necessário. Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante

  • menor período de tempo necessário para controlar os sintomas.

O seu médico irá indicar-lhe exactamente quantas saquetas de Diclofar deverá tomar. Dependendo da sua resposta ao tratamento o seu médico poderá sugerir uma dosagem mais ou menos elevada.

Adultos
No início do tratamento, a dose diária é geralmente de 100 a 150 mg por dia (tomados em 2 a 3 doses). Nos casos mais ligeiros, a dose de 50-100 mg por dia é, geralmente, suficiente (tomados como 1 ou 2 doses). Não exceda a dose máxima de 150 mg por dia. Para adolescentes com idade igual ou superior a 14 anos é normalmente suficiente uma dose diária de 50 a100 mg. A dose diária total deve ser, normalmente, repartida em 1 ou 2 doses. Não exceda a dose de 150 mg por dia.

Nos casos de dor menstrual, inicie o tratamento com uma dose de 50 a 150 mg logo que sentir os primeiros sintomas. Mantenha a dose de 50 mg, até um máximo de três vezes por dia, durante alguns dias, conforme necessário. Se a dose diária máxima de 150 mg não proporcionar suficiente alívio da dor durante 2 a 3 períodos menstruais, o seu médico poderá recomendar que tome até 200 mg por dia durante os próximos períodos menstruais. Não exceda a dose de 200 mg por dia.

Crises de enxaqueca: inicie o tratamento com uma dose única de 50 mg aos primeiros sinais de uma crise. Caso o alívio da dor não seja suficiente nas duas horas seguintes, pode ser tomada uma dose adicional de 50 mg.
Se necessário, poderão ser tomadas doses adicionais de 50 mg a intervalos de 4 a 6 horas, não excedendo a dose máxima de 200 mg por dia.

Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão de que Diclofar é demasiado forte ou demasiado fraco.

Como e quando tomar Diclofar

O conteúdo da saqueta deverá ser dissolvido num copo de água natural (não gaseificada), mantendo a agitação constante. A solução poderá ficar ligeiramente turva mas tal não influencia a eficácia do medicamento. A solução deverá ser ingerida preferencialmente antes das refeições.

Durante quanto tempo tomar Diclofar

Siga exactamente as indicações do seu médico.

Caso se tenha esquecido de tomar Diclofar

Caso se tenha esquecido de tomar a dose, tome-a logo que se lembre. Se for quase a altura da sua próxima dose, deverá tomar somente a próxima dose na altura pré definida. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Se tomar mais Diclofar do que deveria

Se tiver tomado, acidentalmente, demasiadas saquetas, informe o seu médico ou dirija-se a uma urgência hospitalar imediatamente.
Pode necessitar de assistência médica.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Diclofar pode provocar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os medicamentos tais como Diclofar podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou AVC.

Alguns efeitos secundários raros ou muito raros podem ser graves:

Hemorragias ou hematomas não usuais.
Febre elevada ou dor de garganta persistente.
Reacções alérgicas com inchaço da face, lábios, boca, língua ou garganta, frequentemente associados com eritema e comichão, o que poderá causar dificuldade em engolir, hipotensão (pressão arterial baixa), desmaios. Pieira e sensação de falta de ar (sinais de asma).
Dor no peito (sinais de ataque cardíaco)
Dores de cabeça graves e súbitas, náuseas, tonturas, sonolência, edemaciamento, incapacidade ou dificuldade em falar, paralisia (sinais de um ataque cerebrovascular) Pescoço rígido (sinais de meningite viral)
Convulsões
Hipertensão (pressão arterial elevada)
Pele vermelha ou púrpura (possíveis sinais de inflamação dos vasos sanguíneos). Eritema cutâneo com bolhas, inchaço dos lábios, olhos ou boca. Inflamação da pele com descamação.
Dor de estômago grave, fezes negras ou com sangue. Vómitos com sangue. Amarelecimento da pele ou olhos (sinais de hepatite).
Sangue na urina, excesso de proteínas na urina, diminuição acentuado de produção de urina (sinais de problemas nos rins)

Se sentir alguns destes sintomas, avise imediatamente o seu médico.

Outros efeitos secundários frequentes (Probabilidade de afectarem 1 e 10 em cada 100 pessoas)

Dor de cabeça, tonturas, naúseas, vómitos, diarreira, indigestão, dor abdominal, flatulência, perda de apetite, alterações da função hepática. (p.ex. níveis das transaminases), eritema cutâneo.

Outros efeitos secundários raros (Probabilidade de afectarem 1 a 10 em cada 10.000 pessoas)

Sonolência, dor de estômago, inchaço dos braços, mãos, pernas e pés (edema)

Outros efeitos secundários muito raros (Probabilidade de afectarem menos de 1 em cada 10.000 pessoas)
Desorientação, depressão, dificuldades em dormir, pesadelos, irritabilidade, distúrbios psicóticos, tremor ou edemaciamento das mãos e dos pés, perturbações da memória, ansiedade, tremores, alterações do paladar, perturbações da visão ou audição, obstipação, aftas, úlcera do esófago (o tubo que transporta a comida da garganta para o estômago), palpitações, perda de cabelo, vermelhidão, inchaço e formação de bolhas na pele (devido à sensibilidade aumentada ao sol).

Informe o seu médico se sentir algum destes efeitos secundários
Se algum destes efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Como deve ser armazenado?

Conservar a temperatura inferior a 30ºC. Proteger da humidade.
Conservar na embalagem de origem.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não tome Diclofar após o prazo de validade inscrito na embalagem.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico ou farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

Mais informações

Qual a composição de Diclofar

  • A substância activa é o diclofenac de potássio. Cada saqueta de pó para suspensão oralcontém 50 mg de diclofenac de potássio.
  • Os outros componentes são: glicerol, sacarina sódica, aroma de anis, bicarbonato depotássio, aroma de menta, aspartamo (E951) e manitol.

Qual o aspecto de Diclofar e conteúdo da embalagem

Diclofar está disponível em pó para solução oral. Existem quatro apresentações diferentes (3, 9, 21 e 30 saquetas), mas podem não estar todas comercializadas em Portugal.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

INOFAR - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Praceta Outeiro da Vela, n.º 127, R/C A
2750- 455 Cascais

Fabricante

Mipharm, S.p.A.
Via B. Quaranta, 12
I-20141 Milano
Itália

Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o seu médico ou farmacêutico.

Este folheto foi aprovado pela última vez em:

Última atualização em 24.08.2023

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